O Colectivo de Intervenção na Defesa dos Interesses dos Habitantes da Coutada (CIDIHC) já se constituiu, oficialmente, como associação.
Reagindo à construção do Parque de Ciência e Inovação (PCI) nos terrenos agrícolas da Coutada, há cerca de um ano que os habitantes do local e outros cidadãos têm vindo a participar em diversas actividades de contestação e sensibilização para aquilo que consideram ser “uma aberração e um esbanjamento, nos tempos que correm”.
Neste momento, o CIDIHC é já uma associação cívica, cujos estatutos estabelecem como objectivo levar a cabo iniciativas tendo em vista a defesa dos valores naturais e patrimoniais da zona da Coutada, designadamente a instauração de acções legais. Para esse efeito, foram já assegurados os serviços de um advogado com experiência em processos administrativos.
De acordo com António Mesquita, da Direcção do CIDIHC, esta iniciativa encontra justificação na “luta contra um adversário poderoso: uma Parceria Público-Privada (PPP), que envolve as autarquias de Ílhavo e Aveiro, a Universidade de Aveiro, entidades públicas com dívidas excessivas, e empresas privadas de enorme poder económico”, denunciando que, “neste momento, existem indícios de diversas irregularidades em todo o processo”.
Depois da apresentação pública dos órgãos sociais, a CIDIHC afirma pretender “analisar a fundo” as justificações técnicas que levaram a esta proposta de implantação do PCI, tendo já sido estabelecidos contactos com associações e forças políticas e sociais que têm alertado as entidades nacionais e europeias para este “erro estratégico de implantação de uma zona industrial numa área da maior importância para a agricultura e para a conservação da natureza”.